domingo, 18 de abril de 2010

Um pouco de saudosismo ! Uma carta de amor !



O post de hj é meio louco!O texto de uma carta que enviei ao meu amor, (eu lembro que era dezembro, acho que o ano era 2006) qd estivemos "separados" porém nunca distantes, era estranha aquela época, mas preferia estar ao lado dele, fosse lá como fosse!



Nem sei ao certo do que mais sinto saudade, acho que sinto falta mesmo do tempo em que eu podia dizer que te amava e não receberia um olhar de censura por conta disso. Mas, ás vezes sinto saudade mesmo da forma como teu rosto se iluminava ao sentir minha presença.Tenho saudades de amar sem me sentir me culpada,tenho saudades do tempo em que o amor me fazia tão feliz.Todos pedem p/ voltar no tempo p/ e assim consertar o que fez, mas eu não,pois aprendi muito com todos os erros, sei que talvez nunca haja reparo para certos danos causados.Eu esperei um grande amor, ele chegou, ele se foi , e embora tão perto em alguns instantes,vejo o quanto esse amor se perdeu de mim.Houve um tempo que eu pensei que vc havia voltado,ainda bem que só achei, pois assim aprendi a transformar cada pequeno momento ao lado teu em paraíso.

Há em mim essa constante luta do querer não mais desejar-te como outrora, queria ver em ti um homem comum, não aquele por quem eu buscaria a lua se preciso fosse.Não adianta dizer para eu me dedicar a outras coisas, pois é isso que faço, me afundo como posso em livros, em atividades diversas, mas em momentos fortuitos sou tomada por essa saudade imensa.

Talvez eu nunca entenda que só estarás bem em me ver, quando tiveres a real certeza de que não te amo mais, mas quando isso acontecer, se acontecer,não haverá mais em mim o desejo de estar junto a ti.Estarás finalmente livre do fardo do meu amor.Esse cara que ora me aparece, tão desprovido de amor, e tantas vezes tão amargurado,eu o amei desde o primeiro dia, no qual ele era sorridente e admitia acreditar que o amor existia.Claro que esse olhar perdido,essa carinha amargurada talvez seja de propósito, só p/ me causar um mal estar e deixar claro que não queres mais, que louca sou eu, que tolo esse coração bobo que teima em bater acelerado só de imaginar que vou te ver.

Jurei a mim mesma tantas vezes, que nunca mais escrever-te-ia nada sobre o que sinto,sempre acabo quebrando o juramento, pois têm dias que esse amor num cabe em mim, transborda, se derrama e quando eu vejo, já não é possível segurá-lo.Certos dias tenho vontade de sair correndo ao teu encontro, mesmo sabendo que qualquer loucura minha nunca mudará a decisão um dia tomada por ti. Em dados momentos sinto que "meu silêncio vale mais", pois descobri que meu amor por você, só pode ser vivido em tamanho segredo, que sequer você poderia saber.Claro que há dias que te amo em silêncio profundo e absoluto, mas existem dias que sinto vontade de gritar aos quatro ventos que TE AMO!!! Mas fazer isso só te afasta de mim, vc se tornou prisioneiro do desconforto que meu sentimento causa em ti.

Certa vez em uma carta, dada a você, escrevi que amor libertava, mas que ao mesmo tempo nos prendia de maneira doce, é esse amor que ainda me prende a ti, tantas vezes me leva a fazer coisas desprovidas de qualquer sensatez.Com o tempo me tornei uma covarde, e embora seja tão transparente essa tua indiferença, finjo não enxergá-la e confesso, tenho medo que digas com todas as letras e pingos nos "is" p/ esquecer-te de vez.

Você acredita que me libertou e que assim eu poderia encontrar um novo amor, mas eu nunca me achei prisioneira, certa vez vc disse até que sentia egoísta por estar comigo, pois assim eu não seria livre p/ conhecer um cara mais legal e menos grilado que vc (palavras suas). Bem, um belo dia vc achou ter me "libertado", por um tempo confesso que até pensei que esse cara legal e menos grilado que você acabaria aparecendo, mas não aconteceu, sabe por-que?Porque eu amava o cara grilado e ele para mim sempre foi muito legal.
Você, ao achar que havia me libertado esqueceu de levar uma coisa na sua partida: o meu amor por ti! Com a minha liberdade sobrou-me o legado de amar-te assim, de forma tão desmedida.

Não há em mim falta de amor próprio, ou coisa parecida, pois a maior parte tempo até que sou feliz, só me sinto triste, quando me dou conta que amo a alguém que não quer ser amado por mim,aí quando isso acontece percebo que meus canais lacrimais funcionam perfeitamente, melhor até do que se possa imaginar.Eu tento viver a hipocrisia de que para mim tanto faz, que eu me basto e que saudade é uma palavra inventada para algo que não sabe ao certo o que é....Já me disseram que saudade era a ausência da presença, mas como explicar a saudade que tenho mesmo estando tantas vezes em tua presença?

Acho que vou parar por aqui, acho até que nem lerás até o final, pois é como se eu estivesse vendo o desconforto em seu olhar ao se deparar com mais essa minha carta. Tudo bem...têm tantas outras cartas escritas que vc nunca lerá mesmo, eu escrevo p/ me tentar me libertar desse amor, que tantas vezes beira o limite da irracionalidade, é uma maneira de tentar te eximir da culpa que sentes, não és culpado por não sentires o mesmo por mim.Fazer o q? “Se ainda lembro o que passou, eu, vc em qualquer lugar, dizendo: aonde vc for eu vou....e eu nem pensava em ter que esquecer você.....e o grande mal que fiz foi a mim mesmo...”Vc me dizendo livre sou"...
Digo-te que és inocente; e livre sempre serás, se é esse o caminho escolhido por ti, me reservo a ser espectadora de sua existência pós-moderna, muitos corações ainda vão te desejar como o meu, porque é impossível não te amar, mas duvido que a lguém possa vir a te entender tão profundamente como eu, a ponto de fingir estar abdicando desse amor só p/ te ver feliz.

Se te fará feliz o meu desamor,então, que assim seja...Eros se transmutará em Fraterno...e a medida que eu te sentir bem com isso, eu vou entender que vale à pena qualquer coisa quando se ama .

Pode dizer, que nós mulheres temos um desprendimento tal que é impossível de ser entendido, a nossa renùncia não tem limites. .

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