terça-feira, 27 de maio de 2014

Ex amor,

 

Então, coloquei em mim o desejo extremo de finalmente esquecer meu amor por vc!

Não quero mais carregar em mim essa coisa que teimo chamar de amor, mas há tempo não é, a verdade é que me acostumei a gostar de que quem não tenho; e fiz disso uma verdade suprema que chamei de amor.

Não procurei você em outros, porque eu simplesmente não os queria, porque no fundo do meu peito endurecido eu guardava esse sentimento por ti.

Eu me acostumei às migalhas que você lançava, que na verdade não eram migalhas, era seu verdadeiro carinho, um carinho de amigo somente, mas eu as enxergava como migalhas de amor, porque tinha de ter amor pra mim.

Eu me deixei iludir por seu tempo sempre livre aos meus anseios de querer de estar perto de ti.

Eu fui incapaz de perceber seu distanciamento e sua forma sutil de dizer: Margot, eu sou só teu amigo, e sim; eu me preocupo com você, mas é só isso. Sim, era muito, mas não era isso que eu queria somente.

E no fim de tudo, eu me vejo pedindo desculpas porque minha cabeça sabia que aquele cara que ora estava ali, não era aquele por quem me apaixonei há 14 anos atrás, você não mais era meu cúmplice de amar e ser amada.

Eu te perdi finalmente, só não quis aceitar e teimei em alimentar minha esperança boba de poder te ter junto a mim como foi lá atrás.

Acho que o caminho não será tão fácil, e finalmente te deixar partir ou finalmente eu me deixar ir será complicado, mas é necessário.

Eu te prendi a mim como aquela cicatriz enorme que quando você a olha lembra o quanto doeu até que ela virasse aquela marca.

Mas, eu preciso aprender a olhar pra essa cicatriz e ignorá-la.

Finalmente, eu preciso virar essa página e fechar o livro do que foi minha história contigo, cheia de drama, comédia, ficção, intrigas, e sim, muito amor. Foi linda, mas acabou, eu insisti, e apesar de colocar o livro na estante, eu sempre ia lá e o abria para dar uma espiada. Eu segurei esse livro como quem guardava um tesouro, e foi um tesouro, mas um tesouro que preciso esconder sem fazer mapas, porque eu não quero mais encontrá-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário